Prémio Nobel da Literatura




A escritora canadiana foi reconhecida por "ser mestre na arte da novela e dos pequenos contos"



A escritora canadiana Alice Munro foi distinguida com o Prémio Nobel da Literatura deste ano. O anunciou foi feito esta quinta-feira pelo secretário da Real Academia de Ciências Sueca no histórico edifício da Bolsa, na baixa de Estocolmo. O galardão vale oito milhões de coroas suecas (925 mil euros).

Nascida a 10 de julho de 1931, em Ontario, Munro é considerada um dos maiores nomes da literatura da atualidade. A autora tem várias das suas obras publicadas em língua portuguesa, nomeadamente ‘Amada Vida', ‘O Amor de Uma Boa Mulher', ‘Fugas', ‘A Vista de Castle Rock', ‘O Progresso do Amor' e ‘Demasiada Felicidade', todas da editora Relógio D'Água. Os seus livros centram-se nas relações humanas analisadas através da lente da vida quotidiana.

Frequentou a Universidade de Western Ontario, onde conheceu Michael Munro, com quem casou em 1951. Tiveram três filhas e divorciaram-se em 1972.

Em 1976 voltou a casar-se, com Gerald Fremlin. A partir daí consolidou a sua carreira como escritora, que tinha iniciado nos anos 50, com a publicação de contos.


A obra de Munro tem influência de grandes escritoras, como Katherine Anne Porter, Flannery O'Connor, Carson McCullers ou Eudora Welty, bem como de James Agee e especialmente William Maxwell, como a própria reconhece. A Academia Sueca justifica a entrega do Nobel com o facto de a escritora "ser mestre na arte da novela e dos pequenos contos".


Comentários